Formalidades relacionadas com a sua força política impediram a luso-descendente Venezuela Portuguesa da Silva de “tornar efetiva” a sua candidatura às eleições presidenciais venezuelanas previstas para 07 de outubro, revelou a própria à Agência Lusa.
Venezuela explicou ter sido surpreendida por uma informação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) referindo que o seu movimento, o Nova Ordem Social (NOS), surge como de âmbito regional, o que a impede de concretizar a candidatura.
Advogada de profissão e com 58 anos de idade, Venezuela Portuguesa da Silva é uma antiga ex-‘rainha’ de concursos de beleza, filha de um emigrante português, natural de Aveiro, que participou nas presidenciais de 2006.
Em declarações à Lusa, explicou que o CNE considerou que o seu partido tem bases em seis Estados da Venezuela e mandou ratificar alguns requisitos noutros seis Estados.
No documento, data de 05 de junho, o CNE indica que o NOS foi legalizado como uma “organização com fins políticos de âmbito regional em seis Estados venezuelanos (Barinas, Cojedes, Delta Amacuro, Mérida, Trujillo e Vargas)”.
A luso-descendente insiste que tem um projeto de todo o país pelo qual irá continuar a lutar, sublinhando que “é necessária a participação de todos os cidadãos, nacionais e estrangeiros, para conseguir uma melhor Venezuela”.
Venezuela Portuguesa da Silva indicou que a sua candidatura seria uma alternativa “em que não existe radicalismo partidário e que não representa o passado, nem o presente, mas o futuro”.
Venezuela participou nas presidenciais de 2006, ficando no quarto lugar. No mesmo escrutínio, Hugo Chávez foi reeleito para um terceiro mandato de seis anos.
O CNE deverá divulgar ainda esta semana a listagem dos cidadãos que cumpriram todos os requisitos e são candidatos efetivos às eleições presidenciais previstas para 07 de outubro.
Os principais candidatos são o presidente Hugo Chávez e o líder da oposição, Henrique Capriles Radonski.
Na Venezuela vivem oficialmente quase 600 mil portugueses. De acordo com fontes da comunidade portuguesa, o número deve rondar os 1,5 milhões se se incluir os luso-descendentes.
FONTE: Bomdia.lu