Jorge Jesus pôde finalmente festejar um triunfo em Olhão, para o campeonato, naquela que foi a sua mais fácil deslocação ao Algarve como treinador do Benfica. É certo que só houve golos no segundo tempo, mas apenas por circunstâncias do jogo, que teve sentido único e se disputou integralmente nos últimos 30 metros do campo.
Em linguagem automobilística este jogo foi a história de um Ferrari em manobras num parque de estacionamento meio ocupado por um autocarro.
Na primeira parte, o Benfica dominou intensamente, obrigou Bracali a cinco defesas enquanto Artur nem chegou a tocar na bola, mas a densidade de homens em frente da baliza algarvia reduziu ao mínimo a sensação de golo. Apenas em dois lances, um de Rodrigo (15) e outro de Lima (45), além de uma jogada de entendimento entre ambos que não conseguiram concluir logo a abrir a partida, ficou a ideia de que os avançados podiam e deviam ter feito melhor.
Foi um malhar forte numa parede de betão, procurando uma fissura por onde entrasse uma jogada de golo, mas a defesa muito baixa do Olhanense reduziu o espaço de profundidade que os extremos e laterais do Benfica tanto apreciam e sabem explorar. Isto associado à ausência de Melgarejo, à menor confiança de Salvio e à apatia de Gaitán.
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