O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse esta quinta-feira em entrevista à CNN que conta “com o apoio da Finlândia” ao programa de apoio do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu a Portugal.
Conheço bem o novo primeiro-ministro [finlandês], foi meu colega nas Finanças nos últimos anos, e sei que é muito sensível aos assuntos da zona euro, e conto com o apoio da Finlândia ao nosso programa, porque as medidas vão ao encontro das preocupações dos finlandeses”, disse o governante.
Em entrevista ao programa “Quest Means Business”, que apresentou o plano de austeridade como” Two years of Pain” (dois anos de dor), o ministro das Finanças disse que este é “um momento de definição para Portugal” e acrescentou que “os portugueses estavam à espera de um pacote desta natureza”.
Para o ministro, que se escusou a falar dos valores das taxas de juro “por ser ainda prematuro, na medida em que dependem de um algoritmo muito específico e das condições quando as instituições financeiras forem ao mercado”, esta é”uma boa oportunidade para o país resolver problemas estruturais”.
Questionado sobre se a meta de atingir o défice para os 3 por cento do PIB em dois anos não era uma impossibilidade, Teixeira dos Santos respondeu que “sim”, mas acrescentou: “Agora temos mais um ano. Fizemos uma avaliação exaustiva do que precisávamos de fazer [para cumprir os objetivos] e as conclusões do trabalho técnico do FMI e das outras instituições é que temos medidas suficientes para cumprir as metas” definidas no programa de apoio.
Portugal vai receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros nos próximos três anos ao abrigo de um acordo de ajuda financeira com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, ficando obrigado a aprovar um conjunto de medidas para reduzir os gastos do Estado que abrangem diversos setores.
Bomdia.lu