Estava prevista para esta segunda-feira, mas o economista Dominique Strauss-Kahn (foto), afastado da direcção-geral do FMI devido a um escândalo sexual, conseguiu adiar a comparência perante o juiz para realizar exames forenses. É acusado de tentativa de rapto e violação.
“O nosso cliente consentiu repetidas vezes que quer ser submetido a exames forenses ainda esta noite… mas devido à hora esses exames ficaram para amanhã”, disse ontem à noite em Nova Iorque (madrugada no Luxemburgo) o seu advogado, William Taylor.
O advogado disse que Strauss-Kahn se encontra “cansado” mas “bem”. E o seu segundo representante, Benjamin Brafman, garantiu que, quando comparecer em tribunal, o antigo director do FMI se vai declarar inocente: “Ele vai negar todas as queixas contra ele”.
A CNN indicara que a audiência estava marcada para as 6h00 locais (12h00 no Luxemburgo). Não foi divulgado para quando ficou marcada a sessão em tribunal em que será decidido se aguardará o julgamento em prisão preventiva ou se sairá em liberdade mediante o pagamento de fiança.
Segundo o diário “The Wall Street Journal”, o adiamento desta audiência deve-se à realização de testes de ADN.
O mesmo jornal avançava que a reunião de cúpula do FMI – cuja direcção foi entretanto assumida pelo número dois da organização, John Lipsky –, foi também adiada para hoje.
Strauss-Kahn, de 62 anos, acusado de ter atacado e tentado reter num quarto e violado uma empregada de um hotel de Manhattan (Nova Iorque), ficou detido numa unidade especial que investiga crimes de natureza sexual e formalmente acusado, ainda ontem, por “acto sexual criminoso, sequestro ilegal e tentativa de violação”.
A polícia revelou que a mulher que apresentou queixas contra o economista francês identificou formalmente como seu agressor.
Bomdia.lu