O ex-director do FMI acusado de violar uma funcionária de um hotel de Nova Iorque declarou esta segunda-feira em tribunal que está inocente. Dominique Strauss-Kahn negou todas acusações ao lado da sua equipa de advogados de defesa e com a sua mulher, a jornalista Anne Sinclair, na assistência.
O tribunal afirmou que Strauss-Kahn tinha o direito de estar presente no seu próprio julgamento e o economista concordou. A sua próxima aparição perante os juízes está agendada para 18 de Julho.
Esta foi a primeira vez que o diplomata francês esteve no Supremo Tribunal de Manhattan depois de ter pago seis milhões de dólares de fiança para ser libertado. Desde então, Strauss-Kahn tem estado em prisão domiciliária vigiado por monitores 24 horas por dia e por agentes armados. Primeiro esteve num apartamento da baixa de Manhattan e agora está numa casa de luxo arrendada por 50 mil dólares mensais em Tribeca.
Na sua ida ao tribunal, o economista francês foi recebido por cerca de 50 funcionários de hotel fardados que gritavam palavras de protesto contra o réu.
Entretanto, um hotel de Nova Iorque está a ponderar dotar os seus funcionários de botões de pânico, um mecanismo que serviria para alertar a segurança caso fosse alvos de assédio ou abusos sexuais.
O anúncio surge após o hotel Pierre, em Manhattan, registar dois casos nas últimas semanas, onde empregadas da limpeza terão sido assediadas por alguns hóspedes.
O mecanismo consistiria num comando com um botão que as funcionárias poderiam pressionar caso tivessem a ser alvo de algum assédio. Ao carregarem no botão, seria automaticamente emitido um aviso à segurança do hotel e à polícia, escreve o Wall Street Journal.
Bomdia.lu