Milhares de estudantes universitários vestidos de capa e batina encheram na noite de quinta-feira o largo da Sé Velha, em Coimbra, na serenata que marca o arranque da Queima das Feitas, a maior festa estudantil do país.
Às 00:00 horas de sexta-feira ouviram-se os primeiros acordes das guitarras do grupo de fados Rapsódia, substituído a meio da serenata pelo grupo Sangue Novo, que encerrou a atuação cerca das 01:10 com a Balada de Coimbra.
“Cada palavra de despedida é uma dor de emoção, porque significa o fim da vida académica”, exterioriza a finalista de Biologia Melissa Alves, de 21 anos, natural da Guarda, acrescentando que já sente “uma grande saudade apesar de ainda não ter terminado”.
A viver emoções diferentes, Diana Ferreira, de Oliveira de Azeméis, a frequentar o primeiro ano da licenciatura de Turismo, Lazer e Património da Faculdade de Letras, considera que a serenata representa “deixar a vida de caloira e passar a outro nível”.
“Queria muito fazer parte da comunidade estudantil da Universidade de Coimbra”, sublinha a estudante de 18 anos, lembrando que a serenata “tem um significado enorme enquanto tradição estudantil”.
Por entre os estudantes também se encontravam muitos pais, que não querem perder atos simbólicos da vida académica dos filhos.
O casal Fernanda e Carlos Pinto percorreram cerca de 200 quilómetros, entre Almeida (distrito da Guarda) e Coimbra, para assistir à última serenata do filho, de 23 anos, finalista de Medicina.
“Queremos partilhar com ele esta alegria de um percurso certinho, numa etapa muito importante da sua vida”, sublinhou a mãe Fernanda Pinto.
A serenata marcou o arranque da Queima das Fitas de Coimbra, que se prolonga até ao dia 13 de maio, com um programa que apresenta como pontos altos as Noites do Parque (espetáculos musicais) e o cortejo dos grelados, já no próximo domingo à tarde.
Bomdia.lu