O presidente da Associação dos Cidadãos Automobilizados elogiou nesta quinta-feira a decisão de baixar o limite da taxa de alcoolemia para novos condutores, afirmando que já se perderam muitos anos e defende que é preciso mais restrições.
Sublinhando que “faz todo o sentido” tentar evitar que os condutores com poucos anos de carta de condução causem e sofram mais acidentes, Manuel João Ramos argumentou que os primeiros anos de condução são os mais críticos.
“O condutor jovem tem, no segundo ano de carta, mais acidentes. No primeiro ano de carta, a pessoa tem muito cuidado, no segundo ano julga que já sabe conduzir e já tem domínio da máquina e, portanto, é quando o número de acidentes sobe em flecha”, disse. No entanto, ressalvou o representante dos Cidadãos Automobilizados, a alteração já é tardia.
“A decisão decorre de uma recomendação europeia que depois passou a directiva europeia. Portugal só acatou a directiva porque não adoptou a recomendação que vem, creio, do ano 2000”, lembrou.
“Na prática, perdemos 10 anos – em 2002 foi quando foi tentada a redução da taxa, ainda com o Governo Guterres, que deu a baralhada que deu com a revisão e a revogação da lei -, um tempo precioso”, defendeu.
Para Manuel João Ramos, a questão é inultrapassável, já que existe “um milhão de alcoólicos em Portugal, é um problema de saúde pública que tem aumentado exponencialmente”.
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