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23 Setembro 2023

Próximo ano letivo será máu para ensino de português no estrangeiro

Clique para ampliar O candidato social-democrata pelo círculo da Europa disse esta sexta-feira que 2011/2012 será um ano mau para o ensino do português no estrangeiro, com cortes na rede de cursos e maior concentração de alunos por turma.


“[Em 2010/2011]Tivemos um ano letivo horroroso, um ano negro em termos de ensino do português no estrangeiro, arriscamos a ter um pior em 2011/2012”, disse Carlos Gonçalves, alertando para a quase certa redução da rede de cursos e para a concentração na mesma turma de alunos do 1º até ao 10º anos de escolaridade.

Carlos Gonçalves, que termina esta sexta-feira uma visita de uma semana à Alemanha, disse à agência Lusa que neste país a abertura do ano letivo de 2010/2011 foi “caótica”.

“Desde pais de alunos a dirigentes associativos há grandes queixas relativamente ao ensino do português. Houve cursos que só se iniciaram na primeira semana de abril. Este atraso criou grande celeuma na comunidade, mas sobretudo retirou ao ensino da língua portuguesa uma grande credibilidade”, disse Carlos Gonçalves.

O também deputado pelo círculo da Europa considera que “este não é o melhor exemplo” para que os alemães decidam avançar com a decisão de integrar o Português nos currículos oficiais das escolas alemãs.

Segundo Carlos Gonçalves, a redução da rede de cursos para o próximo ano letivo “é um facto praticamente consumado”, o que deixa antever “um ano ainda mais complicado” do que o atual.

A Federação Nacional da Educação (FNE) acusou no início da semana o Instituto Camões de se estar a preparar para extinguir 30 horários no ensino do português no estrangeiro no próximo ano letivo.

Teresa Soares, dirigente da FNE e professora de português na Alemanha, disse à agência Lusa que os cortes são para aplicar no próximo ano letivo em todos os países da rede de Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), nomeadamente na Europa, África do Sul e Suazilândia.

Contactado pela agência Lusa, o vice-presidente do Instituto Camões, Mário Filipe, rejeitou a acusação da FNE, garantindo que a rede de ensino do português no estrangeiro para o próximo ano letivo não está ainda concluída.

Mário Filipe admitiu que haverá uma “reorganização da rede”, mas considerou “prematuro” falar em reduções de horários ou qualquer outro aspeto relacionado com a rede de ensino, que, segundo disse, será aprovada “em breve”.

Bomdia.lu

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