Os sindicatos dos professores estão contra o alargamento do horário de trabalho dos docentes de 35 para as 40 horas semanais. A intenção do Governo está inserida na reforma da administração pública, acordada com a troika, que irá afectar todos os trabalhadores do Estado.
Fenprof e FNE temem que a aplicação da medida aumente o número de professores sem componente lectiva nas escolas e de docentes desempregados.
“Qualquer alteração do horário de trabalho, na sua componente lectiva, tem de ser feita no âmbito do Estatuto da Carreira Docente”, explicou Lucinda Dâmaso, da FNE, garantindo que a estrutura sindical “não estará disponível para negociar qualquer proposta de alteração aos horários”.
A mesma opinião tem a Fenprof. “Mexer nos horários de trabalho não só é uma violência, como é absolutamente impensável”, afirmou Mário Nogueira, apontando para 17 mil o número de professores dispensados com esta medida.
Nuno Crato, ministro da Educação, não nega a possibilidade de rever a carga horária dos professores, mas considera prematuro iniciar a discussão. “Estamos a discutir uma série de medidas que podem ser tomadas no que se refere à educação e a outros sectores”, afirmou ontem, em Berlim, reconhecendo estar tudo em aberto.
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