O presidente do Sindicato da Construção de Portugal (SCP) alertou para a existência de “um novo tipo de escravatura”, que atinge portugueses ligados à construção civil e que trabalham em países como a Alemanha ou França.
Em declarações à agência Lusa, Albano Ribeiro disse que há trabalhadores abandonados por quem os contratou, mal alimentados, a trabalharem horas a mais e traídos por falsas promessas.
“Estas situações têm de ser denunciadas. Nesse sentido, vou dar conhecimento ao secretário de Estado das Comunidades para serem tomadas medidas nos casos verificados na Alemanha e França “, contou à agência Lusa o sindicalista, após uma recente visita aos dois países.
Albano Ribeiro diz ter conhecimento de situações tão “anómalas” que vão desde operários a trabalharem 12 horas por dia e a ganharem cerca de 700 euros/mês, passando por outras “em que num quarto destinado a quatro pessoas, estão a dormir 15 trabalhadores em condições “desumanas”.
“Há situações em que os trabalhadores foram contratados verbalmente e lhes foi proposto um vencimento de 2.500 euros, quando, na realidade, ganham 700”, constatou o sindicalista.
Para Albano Ribeiro, “nos últimos 18 meses saíram de Portugal cerca de 35 mil trabalhadores do sector da construção civil com destino a países como a Alemanha ou França”.
Bomdia.lu