Um português de 31 anos, arguido no processo do assalto ao Museu do Ouro, em Viana do Castelo, arrisca uma condenação a quase dois anos de prisão na Galiza, depois de uma aparatosa perseguição policial.
Segundo fonte ligada ao processo, o julgamento terminou hoje, no Tribunal de Vigo, e foi feito à revelia, por falta de comparência do português.
Está acusado de crimes contra a segurança rodoviária e por ter atentado contra a vida de dois agentes da Policia Nacional de Espanha, que o perseguiam.
Por estes crimes, as autoridades pediram hoje uma condenação de um ano e nove meses de prisão efetiva, além do pagamento de indemnizações de três mil euros a cada um dos dois agentes feridos.
O caso remonta a janeiro de 2009, numa altura em que o português já estava a ser investigado em Portugal pelo alegado envolvimento no assalto ao Museu do Ouro de Viana do Castelo, ocorrido menos de dois anos antes.
À saída de uma discoteca em Samil, nos arredores de Vigo, a Policia Nacional foi chamada a intervir em desacatos, mas à chegada confrontou-se com a fuga do português, numa viatura de alta cilindrada, com matrícula de Portugal.
Seguiu-se, descreve a acusação, uma “aparatosa” perseguição ao português pelas ruas de Vigo, envolvendo condução a alta velocidade em vias de sentido contrário, sem obedecer à sinalização por semáforos e até embatendo em viaturas policiais que o tentaram barricar.
Foi detido numa das ruas, depois de, acrescenta a acusação, ter ainda abalroado dois agentes da Polícia Nacional.
O português deverá conhecer a sentença dentro de algumas semanas.
Em Portugal, foi condenado em 2010 pela coautoria do assalto ao Museu do Ouro Tradicional de Viana do Castelo a 18 anos de prisão efetiva, assim como os restantes quatro arguidos no processo, mas a defesa recorreu.
Bomdia.lu