O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros apelou nesta quarta-feira ao contributo do PS na redução da “despesa estrutural”, recusando que tal necessite de uma revisão da Constituição ou que coloque em causa o estado social.
Paulo Portas dedicou uma parte substancial da sua intervenção no Parlamento, a encerrar o debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2013, a dirigir-se ao PS e ao seu secretário-geral, António José Seguro, mas nomeou também o papel do Presidente da República e da UGT na criação de um consenso para cortar na “despesa estrutural”.
“Quando o que está em causa é um objectivo nacional, permitam-me destacar, sem evidentemente desmerecer ninguém ou qualquer instituição, o papel decisivo da UGT como factor de coesão social e o papel integrador do senhor Presidente da República como factor de consenso político”, apontou.
Paulo Portas disse inclusivamente a António José Seguro que supunha que os portugueses “o olhariam e graduariam até de outro modo enquanto candidato a primeiro-ministro, se numa hora de verdade contribuísse com a sua marca para uma acordo nacional sobre uma redução de despesa que está a mais e deve ser reduzida com sentido de justiça”.
“Porque é que, a nosso ver, o PS não deve sentir como uma ameaça nem deve sentir uma excessiva solidão nesta vontade de compromisso? Porque sendo a despesa estrutural uma questão nacional, a abertura do Governo para um acordo deve ser partilhada, tendo em conta uma forte valorização da concertação social e uma boa colaboração com os demais órgãos de soberania”, afirmou.
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