O primeiro-ministro afirmou que Portugal fez “progressos” e que o “défice está a cair”, acrescentando que espera discutir este ano o Orçamento para 2013 com uma oposição “mais amadurecida e responsável”.
“No que diz respeito à nossa prioridade primeira, garantir a estabilidade, afastar os receios mais perigosos, garantir o controlo dos riscos mais catastróficos, fizemos progressos”, afirmou Pedro Passos Coelho em Castelo de Vide no encerramento da Universidade de Verão do partido, sublinhando que, “há um ano, os perigos eram imensos”.
O primeiro-ministro e presidente do PSD acrescentou que, “infelizmente, em várias ocasiões, certos responsáveis políticos pretendem ver em resultados menos bons ou mesmo negativos”, como a evolução das receitas fiscais ou a contração do consumo interno, “a prova de que, no essencial”, o país está “a ficar pior, a falhar e a incumprir o processo de ajustamento, e de que, portanto, os sacrifícios não valem a pena” e de que Portugal se está “a afundar no ciclo vicioso de recessão económica”.
“Não podem estar mais errados”, disse, insistindo em que “não há evidência” de que Portugal viva um ciclo vicioso de recessão, que a “economia contraiu menos no ano passado do que o previsto”, que as previsões para 2012 se adequam aos números do PIB do primeiro semestre e “o défice tem-se reduzido apesar do comportamento adverso da receita fiscal”.
“Volto a sublinhar, porque é digno de registo, que o défice está a cair, e cai sobretudo por causa da despesa e não por causa da receita, o que não deixa margem para duvidar de que o Governo está a cumprir o seu compromisso de corta a despesa do Estado e a consolidar as finanças públicas”, insistiu.
O primeiro-ministro e presidente do PSD lembrou ainda que há um ano o Governo optou pela “prudência” no Orçamento do Estado para 2012 e foi acusado pela oposição de ser “demasiado exigente” e de o documento “esconder demasiadas almofadas”, naquilo que chamou “uma infantil recusa da realidade”.
Passos Coelho disse esperar que este último ano tenha sido “um processo de aprendizagem”.
“Estou certo de que deste processo de aprendizagem resultará certamente uma oposição mais amadurecida e responsável, aquela com que discutiremos o Orçamento para 2013”, acrescentou.
FONTE: Bomdia.lu