O primeiro-ministro defendeu nesta quarta-feira que a Alemanha, bem como os outros Estados-membros da União Europeia, tem ajudado Portugal e disse esperar que a chanceler alemã, Angela Merkel, que visita o país na segunda-feira, seja bem recebida.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia na Academia Militar, na Amadora, Pedro Passos Coelho referiu que tem ouvido “com muita frequência diabolizar a questão da austeridade em torno da figura da chanceler alemã” e contestou que a Alemanha seja responsável pelo grau da austeridade aplicada em Portugal.
“As políticas de austeridade que têm vindo a ser implementadas na Europa não são nenhuma imposição da chanceler alemã, são o resultado de muita dívida que foi contraída pelos governos europeus durante muitos anos”, sustentou.
Em seguida, o primeiro-ministro fez uma “observação geral”, dirigida “a todos os portugueses”, contra os discursos que reclamam “a troika daqui para fora” e pedem “que a senhora Merkel não venha a Portugal, porque simboliza as dificuldades” vividas pelos portugueses.
“Eu gostaria de dar uma visão diferente. Nós hoje estaríamos a viver dificuldades muito grandes, mas muito grandes mesmo, e muito maiores do que aquelas que vivemos hoje, se os países nossos parceiros na Europa – onde incluímos a Alemanha, mas também a Espanha, a França, todos os outros países – não nos tivessem ajudado com os empréstimos que permitiram que Portugal hoje não vivesse uma situação de bancarrota”, contrapôs.
“Portanto, eu espero que a senhora Merkel, bem como os outros chefes de Estado e de Governo europeus, sejam sempre bem-vindos a Portugal, porque eles nos ajudaram a ultrapassar uma situação de grande dificuldade”, concluiu Passos Coelho.
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