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26 Setembro 2023

Ordem para baixar preço dos transportes partiu de Lula

Clique para ampliar A ordem para várias cidades brasileiras baixarem o preço dos transportes públicos, um dos principais motivos dos protestos dos últimos dias, partiu do antigo presidente Lula da Silva.

Numa nova e clara demonstração de quem é que realmente comanda o Brasil, o ex-presidente Lula da Silva conseguiu com uma simples ordem informal que dezenas de grandes cidades brasileiras, incluindo as maiores capitais de estado, baixassem sumariamente os preços das passagens dos transportes coletivos, tentando esvaziar uma das principais reivindicações dos movimentos estudantis e de trabalhadores que há duas semanas varrem o país com protestos.

Horas depois da ordem de Lula, dada num hotel em São Paulo numa reunião que se queria secreta, mas que chegou ao conhecimento da imprensa, e para a qual até Dilma Rousseff foi chamada sendo obrigada a cancelar compromissos em Brasília, presidentes de câmara de cidades de norte a sul do Brasil anunciaram a redução no custo dos transportes, incluindo os das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro.
É claro que ninguém reconhece que Lula deu uma ordem e que nenhum dos autarcas teve coragem de recusar o pedido. Mas vários reconheceram nos bastidores ou confirmaram informalmente a repórteres sob anonimato que o ex-presidente, “com toda a sua experiência e sabedoria”, tinha dado orientação para que as edilidades governadas pelo Partido dos Trabalhadores e partidos aliados cedessem à principal exigência dos movimentos que há quase duas semanas levaram multidões para as ruas de cidades pelo país fora.

Em São Paulo, horas antes de se ter reunido com Lula, o presidente da câmara paulistana, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores e ex-ministro da Educação de Lula e Dilma, tinha dado uma conferência de imprensa anunciando que a sua assessoria estava a estudar uma forma de baixar o preço dos transportes na cidade, mas que anular o aumento que entrou em vigor no primeiro dia de Junho seria inviável. Após a “orientação” de Lula, Haddad, um adepto de mostrar força contra os protestos, atropelou a sua própria assessoria e decretou a anulação do aumento.

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[ São Paulo amanhece com novos protestos ]

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