Os candidatos à presidência dos EUA entraram ontem na recta final da campanha eleitoral com uma sucessão de comícios em estados decisivos com tendência de voto indefinida. Embora as sondagens nacionais mantenham um teimoso empate técnico entre o presidente Barack Obama e o rival republicano Mitt Romney, na maioria dos estados-chave a vantagem está a pender para Obama.
Enquanto o presidente centrou esforços, ontem, no New Hampshire, Florida, Ohio e Colorado, deixando para hoje Wisconsin, Ohio (de novo) e Iowa, Romney apontou baterias também a estes dois últimos estados e ainda à Pensilvânia e Virgínia.
A preocupação com estes estados prende-se com o facto de os estudos de opinião não darem ali uma vitória clara a nenhum dos candidatos. Apesar disso, as mais recentes sondagens colocam o presidente na liderança no Nevada, Colorado, Iowa, Wisconsin e Ohio, enquanto Romney lidera na Florida (alguns estudos colocam Obama na frente também aqui), Carolina do Norte e Virgínia.
O caso do Ohio (que vale 18 votos no Colégio Eleitoral) é particularmente crítico para Romney, pois até hoje nenhum republicano chegou à Casa Branca sem vencer neste estado. Se a tendência de voto em Obama se confirmar aí, o republicano terá de triunfar na Florida (29 votos) e na Virgínia (13 votos), tendo ainda de somar alguns estados como Colorado, Iowa, New Hampshire e Nevada.
Ou seja, apesar do empate no voto popular, Obama lidera no Colégio Eleitoral (que elege o presidente), tendo já assegurados (segundo as sondagens) 237 votos de estados habitualmente democratas, enquanto Romney leva somente 191. Neste cenário, bastaria ao presidente conquistar mais 33 votos para chegar à maioria de 270 no Colégio (composto por 538 grandes eleitores) e ser reeleito. Para Romney, as contas estão bem mais complicadas.
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