O percurso do FC Porto até à conquista do seu 26.º título de campeão nacional de futebol foi algo irregular, tendo valido aos “dragões” os pontos arrebatados nos jogos frente aos principais adversários.
A máxima de que o campeonato é uma prova de regularidade não foi equação determinante na temporada que agora conheceu o seu campeão, na antepenúltima jornada da prova, cujos desfechos espelham as últimas perdas e ganhos entre “dragões” e Benfica.
A equipa de Vítor Pereira, que perdeu pontos inauditos frente a adversários de menor dimensão, viu valorizado o melhor rácio nos confrontos com o Benfica (vitória e empate), Sporting de Braga (duas vitórias) e Sporting (empate em Alvalade).
Durante a restante época, a intermitência nos resultados do FC Porto terá sido, a par da competitividade expressa de Benfica e Sporting de Braga, um obstáculo relevante para os “dragões” no que diz respeito à revalidação do título.
Os portistas lideraram a Liga até à 13.ª ronda, mas estiveram arredados do comando nas seis jornadas seguintes, recuperando-o à 20.ª, à custa dos tropeções, em período também intermitente, do rival Benfica.
Mas, o percurso tremido da equipa de Vítor Pereira manteve-se até à proximidade do final da prova, desperdiçando oportunidades de fuga à concorrência: empates à 20.ª e 24.ª jornadas, série que até começou com uma vitória em casa do Benfica (3-2), com um golo de Maicon, em fora de jogo.
Logo a seguir à conquista dos três pontos na Luz, os portistas deixaram-se empatar (1-1) na receção à Académica (Hulk salvou um ponto nos descontos, de penalti) e, duas jornadas depois, permitiram o mesmo desfecho em Paços de Ferreira.
Para trás, registavam outros quatro empates e uma derrota, esta à ronda 17, em Barcelos, frente ao Gil Vicente (3-1), que colocou o FC Porto a cinco pontos do líder de então, o Benfica.
A liderança dos “azuis e brancos” voltou a ser contrariada à 24.ª jornada, pelo Sporting de Braga, devido ao empate cedido em Paços de Ferreira, que só não teve maiores prejuízos à custa de um resultado idêntico do Benfica em Olhão.
A reconquista do topo fez-se na ronda seguinte, com o regresso dos “dragões” às vitórias e mercê da derrota dos minhotos na Luz, que seguiam com 13 notáveis vitórias consecutivas.
A 26.ª jornada foi duplamente gratificante e decisiva para os azuis e brancos, que venceram os minhotos no seu reduto (e afastando-os da corrida ao título) e beneficiaram da derrota do Benfica em Alvalade, que viram aumentar para quatro pontos a desvantagem para o líder.
FONTE: Bomdia.lu