O FC Porto concluiu um percurso demolidor e recheado de recordes na Liga Europa em futebol, com um “suficiente” na final com o Sporting de Braga (1-0), em Dublin.
Conduzido pelo treinador André Villas-Boas, o mais jovem (33 anos) de sempre a vencer uma prova europeia, o conjunto portista terminou a prova com 14 vitórias em 17 jogos e 44 golos marcados, 18 dos quais por um “super” Falcao.
Relegados para a segunda prova da UEFA pela primeira vez desde o triunfo na Taça UEFA de 2002/2003, depois do terceiro lugar na Liga 2009/2010, os portistas só sofreram uns minutos face ao Sevilha e hoje, na final, face aos “arsenalistas”.
Nos 16 avos de final, face ao Sevilha, o FC Porto esteve 19 minutos a um golo da eliminação, parte desse tempo em inferioridade numérica, e, em Dublin, o Sporting de Braga fez penar os “dragões”, como já tinha feito a outros “gigantes”.
Foram, porém, as exceções, pois, mais, até à final, e mais do que eliminar os adversários, o conjunto comandado por André Villas-Boas massacrou-os, não precisando de mais do que a primeira “mão” para ir selando os apuramentos.
O Genk, no “play-off”, e, após uma fase de grupos ultrapassada em quatro jornadas (de seis), o Sevilha, o CSKA de Moscovo, o Spartak de Moscovo e o Villarreal foram as vítimas do conjunto “azul e branco”.
Foi tal a superioridade dos “dragões” que os recordes começaram a tombar: de vitórias, com destaque para as oito em reduto alheio, aos golos, neste capítulo com o colombiano Falcao em grande destaque, com ímpares 18, incluindo o apontado na “pré” com os belgas.
Na prática, o FC Porto mostrou que não é “deste” campeonato, mas da Liga dos Campeões, onde já garantiu, com a conquista do 25.º título nacional, a presença na edição 2011/2012 e como cabeça de série.
O trajeto rumo a Dublin começou no “play-off”, ultrapassado com grande facilidade (3-0 fora e 4-2 em casa com o Genk), e prosseguiu na fase de grupos, também uma formalidade: cinco vitórias, um empate (1-1 com o Besiktas) e mais 13 pontos do que o terceiro classificado.
O primeiro adversário a eliminar foi o Sevilha, que o FC Porto derrotou na Andaluzia por 2-1, para, depois, sofrer no Estádio do Dragão, onde o brasileiro Luis Fabiano marcou aos 71 minutos. Acabou por ser só um susto.
Após superar os espanhóis, que o Sporting de Braga já tinha afastado da Liga dos Campeões, o FC Porto tornou muito fácil o duplo “duelo” com conjuntos moscovitas: CSKA (1-0 fora e 2-1 em casa) e Spartak (5-1 em casa e 5-2 fora) nem sequer conseguiram dar luta aos portistas.
Nas meias-finais, o Villarreal apresentava-se, aparentemente, como um teste à dimensão dos “azuis e brancos”, mas o “onze” de Villas-Boas voltou a resolver a questão na primeira “mão”.
Ao intervalo, no Estádio do Dragão, os espanhóis venciam por 1-0, graças a um golo de Cani, mas, no final, o marcador ditava mais uma esclarecedora goleada, por 5-1, numa noite inesquecível de Falcao, autor de um “poker”.
Em Espanha, o Villarreal voltou a marcar primeiro, mas, ainda antes do intervalo, Hulk sentenciou em definitivo o apuramento do FC Porto para a sua quinta final europeia. A derrota por 3-2 não estragou a festa.
Bomdia.lu