Dos pomares passa-se aos velhos olivais, a frescura das quintas cede a vez às herdades, aqui e além surge o velho monte que já foi de uma alvura exemplar, até ao horizonte espraiam-se as azinheiras. No limite o Guadiana. É nesta paisagem que sobressaem os mais antigos marcos arquitectónicos construídos pelo homem entre o V e III milénio A.C. – as antas.
Este circuito megalítico dá a conhecer um conjunto de monumentos funerários, construídos em xisto, matéria-prima recolhida na proximidade. A paisagem envolvente não seria muito distinta da actual. Solos pobres propícios à pastorícia, montado de azinho, favorável à proliferação de caça e horticultura nas baixas férteis junto às linhas de água.
O circuito de Barbacena :
Este circuito desenvolve-se numa área de solos argilosos, propícios à agricultura ou de solos arenosos onde surge o montado de azinho e sobro.Foi nesta vasta planície que, lentamente, foram produzidos os primeiros excedentes agrícolas, o que conduziu a uma nova organização territorial e social e a uma adaptação a novos ritmos impostos pelas tarefas agrícolas – a limpeza dos campos, as sementeiras, as colheitas…Os povoados localizaram-se, cada vez mais, em zonas de cumeada, donde se dominava a paisagem envolvente, chegando mesmo a fortificarem-se.
Aproveitando-se os períodos em que os trabalhos agrícolas eram menos intensos, construíram-se, em locais abertos, para serem vistos, os monumentos funerários, que neste circuito são, na sua maioria, em granito.
Actualmente, a imagem que retemos é a de uma estrutura pétrea, imponente, mais ou menos arruinada. No entanto, estes enormes blocos de pedra definiam uma câmara funerária com ou sem corredor que era coberta total ou parcialmente por um montículo de terra compactada – o tumulus.
Nos circuitos das Antas de Elvas, o contacto directo com a natureza é permanente, permitindo descontrair do stress da cidade.
Desejamos que aproveite o melhor possível este passeio pelo campo. Poderá observar os animais no seu habitat natural e uma paisagem que ao longo do ano adquire diferentes tonalidades e matizes.
Não se esqueça que é obrigação de todos respeitar todo este ambiente, bem como os testemunhos patrimoniais herdados dos nossos antepassados, marcos importantes da paisagem e da nossa cultura.
Respeite os animais que encontrar. Não deite fora o lixo, as viaturas dispõem de sacos plásticos para a sua recolha.
Os monumentos que visita estão a ser conservados para si, respeite-os, não ande sobre eles, não os risque, não os suje. Lembre-se sempre que pode querer voltar e gostará de os encontrar em bom estado.
Os circuitos são feitos em veículos todo-o-terreno. O acesso a alguns dos monumentos faz-se por caminhos a pé. Utilize calçado confortável, adaptado a caminhadas em terra, por vezes, lavrada. No Alentejo as temperaturas são elevadas, aconselha-se vestuário fresco, uso de chapéu e protector solar.
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Endereço : Direcção Regional de Évora Rua de Burgos, 5 7000-863 Évora
Horário : Os circuitos estão abertos ao público de 1 de Abril a 15 de Outubro às 4ªs feiras, fins de semana e feriados.
1 de Abril a 30 de Maio Manhã-saída : 10:00-regresso : 13:00/13:30 Tarde-saída : 15:30-regresso : 18:30/19:00
1 de Junho a 15 de Outubro : Manhã-saída : 10:00-regresso : 13:00/13:30 Tarde-saída : 17:00-regresso : 20:00/20:30
Partida e chegada dos circuitos : Castelo de Elvas
Ingresso Individual : € 17,5
Estudantes e maiores de 65 anos : € 10
Grupos Escolares : € 5
Telefone : Direcção Regional de Évora +351 266 769 800 Fax : +351 266 769 855 E-mail : dre.ippar@ippar.pt
Visitas Guiadas : Marcações : Castelo de Elvas, todos os dias das 9:30 às 17:00, tel. +351 268 626 403
Loja : No Castelo de Elvas. Publicações diversas, postais, materiais de divulgação ; podem ser adquiridos todos os produtos respeitantes aos Circuitos efectuados e monumentos visitados.
Acessos : Pela Auto-estrada A6 até à saída para Elvas ; o acesso ao Castelo encontra-se devidamente sinalizado.