Peça maldita em que o poeta espanhol faz o elogio da homossexualidade devolve Margarida Vila-Nova aos palcos da capital, em produção ambulante.
Este foi o projeto que me fez voltar a Portugal, depois de um interregno em que senti que precisava de ler, de estudar, de ver os meus filhos crescerem e de viajar”, diz Margarida Vila-Nova da peça ‘O Público’, que estreia amanhã, às 21h00, em Lisboa, em três espaços diferentes da capital.
O texto foi escritor pelo poeta e dramaturgo Federico García Lorca ao longo de vários anos, e quando finalmente foi concluído ele entregou-o a um amigo e partiu para Granada, onde seria assassinado pelas tropas de Franco. Por ser de esquerda e homossexual.
A peça – que faz o elogio de todas as formas de amar – acabaria por ser publicada quase 60 anos depois (a família de Lorca não a queria aceitar), mas desde então tem sido recriada em todo o Mundo. António Pires, que assina a encenação desta versão – à qual junta pedaços do ‘Romeu e Julieta’ de Shakespeare e textos e poemas do próprio Lorca –, diz que o fascina a forma como a peça propõe uma “rutura total com o teatro convencional”. De tal forma que decidiu ‘espalhar’ a ação por três espaços distintos: o Teatro Municipal São Luiz, o largo de Camões e o Teatro do Bairro. Por esta ordem, e a partir das 21h00.
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