Os protestos contra o regime de Hosni Mubarak estenderam-se esta sexta-feira a toda a cidade do Cairo, capital do Egipto, palco de violentos confrontos entre polícia e manifestantes em vários locais, noticiaram agências internacionais.
A polícia respondeu aos protestos dos milhares de pessoas que saíram da oração semanal disparando balas de borracha, granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água. Muitos manifestantes responderam lançando pedras.
O principal opositor, Mohammed ElBaradei, foi um dos atingidos pelos canhões de água e estava ao princípio da tarde retido dentro de uma mesquita cercada por centenas de polícias, que dispararam granadas de gás lacrimogéneo para as ruas em redor para que ninguém possa fugir do local.
As granadas de gás provocaram incêndios em várias viaturas e várias pessoas desmaiaram ou sofreram queimaduras.
AGÊNCIAS DE VIAGENS DESCONHECEM CANCELAMENTOS
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) afirmou esta sexta-feira que não recebeu até ao momento informações sobre o cancelamento de viagens turísticas para o Egipto em consequência das manifestações no país.
“Até ao momento não nos chegou qualquer notícia de cancelamento de viagens”, disse fonte da associação à agência Lusa.
PAÍS SEM INTERNET
A Internet estava inacessível esta sexta-feira de manhã no Egipto, segundo utilizadores e hotéis do Cairo.
“A rede Internet está cortada hoje no Egipto”, indicou a recepção de um hotel da capital egípcia, uma informação confirmada por outras unidades hoteleiras.
A Internet foi amplamente utilizada na mobilização das manifestações contra o regime de Mubarak realizadas no país desde terça-feira, de que resultaram pelo menos sete mortos, dezenas de feridos e centenas de detidos.
in correiodamanha.pt