Hoje, cerca de 110 mil alunos do 4º ano de escolaridade, repartidos por 5103 escolas, são chamados a realizar a prova de aferição de Português. Na sexta-feira, nova chamada, para os alunos revelarem conhecimentos obtidos em Matemática. No próximo ano, arranca uma forma de avaliação inédita, em que a prova de aferição dá lugar a um exame (prova final).
A medida do Governo é encarada pelos pais como responsável por um aumento da despesa. Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associação de Pais (Confap), fez as contas e lança um exemplo: “No ano lectivo 2008/09, a retenção de 17 850 alunos no 9º ano representou para o sistema de ensino um agravamento de custos de 53,7 milhões de euros, pela necessidade de estes alunos terem de repetir disciplinas do 9º ano.” Apesar de a prova final não ter carácter eliminatório, Albino Almeida defende que esta “terá efeito de segregação logo numa fase inicial da aprendizagem”.
A realização de mais um exame pelos alunos é também contrária às orientações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). A estrutura económica que engloba os países mais desenvolvidos considera que há uma “atenção obsessiva” pelos exames no ensino português. A OCDE recorda que 35% dos alunos com 15 anos já reprovaram pelo menos uma vez, realidade que coloca Portugal com o quarto pior resultado entre um total de 34 países.
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