A maioria das mortes por overdose detectadas em Portugal, no ano de 2011, foi por consumo excessivo de metadona. A conclusão é do estudo ‘A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências’, revelado esta quarta-feira, que dá nota de que, “dos 157 óbitos com informação sobre a causa da morte, cerca de 12% foram considerados overdoses”.
As mortes com metadona surpreendem o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) que, no mesmo relatório, precisa que este facto surge “contrariamente ao sucedido nos anos anteriores em que sempre predominaram os opiáceos”.
Estes, desta vez, apenas aparecem na segunda posição, ao passo que a cocaína surge em terceiro.
No total, no ano passado 19 pessoas morreram por overdose em Portugal.
De acordo ainda com a IDT, na maioria (79%) destas overdoses foram detectadas mais do que uma substância, sendo de destacar em associação com as drogas ilícitas, as overdoses com presença de álcool (37%) e benzodiazepinas (42%).
No âmbito da rede pública de tratamento da toxicodependência, 2011 revelou “uma estabilidade do número de utentes a nível do acompanhamento em ambulatório e uma diminuição a nível do internamento”.
Os novos utentes em ambulatório foram 8492, valor que representa apenas um acréscimo de 1%. Já os internamentos nas Unidades de Desabituação (1804) e Comunidades Terapêuticas (3142) da rede pública e convencionada desceram, respectivamente, 26 e 13 por cento face aos dados anteriores.
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