A maternidade mudou com o advento da Internet. As conversas de fraldas agora fazem-se nas redes sociais, com ‘Posts’ e ‘Likes’.
Tem mais de 45 mil utilizadoras um dos maiores fóruns da Internet. Dá pelo nome de ‘Pink Blue’ mas a sua singularidade reside na sua natureza e não na sua dimensão: trata-se de uma comunidade virtual de mães, grávidas e ‘treinantes’ – pessoas que estão a planear ter um filho – e que desde 2001 têm vindo a desenvolver, uma nova forma de viver a maternidade ou a paternidade. Não é caso único. O Facebook também está cheio de grupos que se juntam para falar de tudo e mais alguma coisa, mas, sobretudo, dos filhos.
Entre ‘posts’ e mensagens, esclarecem-se dúvidas, tecem-se desabafos, trocam-se truques e receitas. São sinais dos tempos. Vive-se de forma mais solitária, longe da família alargada, que noutros tempos servia de amparo e rede às jovens mães.
“Em certas situações, as pessoas do fórum apoiaram-me mais do que a minha própria família”, confessa Natália Pinto, professora, 35 anos, mãe de Rita, de seis anos, e Marta, de quatro anos.
Chegou ao fórum ‘Pink Blue’ (‘Rosa Azul’) por acaso, quando pesquisava na net uma dúvida relacionada com a gestação. O motor de busca do Google levou-a então a uma página onde várias mães debatiam o mesmo tema. Resolveu consultar o site outras vezes, até que descobriu um grupo de grávidas que, tal como ela, tinham parto marcado para julho de 2009. Nessa fase eram “cerca de 40” as que mantinham conversas on-line quase diárias “sobre as barrigas” que cresciam a olhos vistos, mas também sobre “tudo o resto que faz parte da vida de uma mulher – o trabalho, os maridos, as roupas”.
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