Os portugueses Fernando Pimenta e Emanuel Silva conquistaram hoje a medalha de prata na prova de K2 1.000 metros de canoagem dos Jogos Olímpicos Londres2012.
A canoagem voltou terça-feira a afirmar-se como modalidade de referência na missão portuguesa aos Jogos Olímpicos Londres2012, garantindo a presença em mais uma final A, enquanto João Silva ficou à beira do diploma no triatlo.
Surpreendente continua a ser o desempenho de Gonçalo Carvalho e do cavalo Rubi, que se qualificaram para a final de dressage, no dia em que os velejadores Álvaro Marinho e Miguel Nunes hipotecaram as suas hipóteses de medalhas na classe 470 e João Almeida (110 m barreiras) e Arnaldo Abrantes (200 m) se despediram com passagens fugazes pelo Estádio Olímpico.
No complexo de Eton Dorney, Beatriz Gomes e Joana Vasconcelos asseguraram um inédito apuramento para uma final A de K2 500, depois de na véspera terem contribuído para a qualificação direta do K4 500.
“É algo de que ainda não tínhamos sido capazes desde que formámos esta dupla, tanto em Mundiais, Europeus ou Taças do Mundo. Estamos extremamente contentes por estarmos entre as oito melhores do mundo”, salientou Beatriz Gomes.
Menos feliz esteve Teresa Portela em K1 500, que falhou o “pleno” português, ao terminar em terceiro numas das três semifinais. A portuguesa, que tem mais aspirações em K1 200, foi relegada para o nono lugar e terá de contentar-se com a final B.
“Havia 15 atletas que podiam entrar nas oito melhores. Quando olhei para a minha Final B vi a campeã da Europa deste ano, a terceira dos Europeus, a quarta do Mundial do ano passado, a quinta, a sexta que sou eu. Lamento não ir a Final A, mas já sabia que ia ser muito disputado”, disse Teresa Portela, de 24 anos, que agora promete empenho para a Final B de quinta-feira.
Para já prepara-se para a luta das medalhas na final de K4 500 de quarta-feira, juntamente com Beatriz Gomes, Joana Vasconcelos e Helena Rodrigues, no mesmo dia em que Fernando Pimenta e Emanuel Silva também vão tentar uma presença no pódio em K2 1.000. Em dois dias, os canoístas portugueses asseguraram três dos seis diplomas alcançados por Portugal até agora.
No triatlo, João silva saiu do lago Serpentine, na 10.ª posição após os 1.500 metros de natação e manteve-se entre os da frente ao longo do segmento de ciclismo (45 km), fazendo mesmo a transição para a corrida (10 km) em primeiro. Mas na “prova da verdade”, o campeão europeu de sub-23 não acompanhou o ritmo.
No emblemático Hyde Park, em Londres, perante 200 mil pessoas, o triatleta luso não foi capaz de seguir o andamento impostos pelos irmãos britânicos Alistar e Jonathan Bronwlee, medalhas de ouro e bronze, respetivamente, separados pelo espanhol Javier Gomez, que ficou com a prata.
Estreante em Jogos Olímpicos, João Silva terminou em 1:47.51 horas, a 1.29 minutos do vencedor.
“Para uma estreia, foi um bom resultado. Estou satisfeito, acho que foi uma prova bem conseguida”, afirmou João Silva, que ficou a cinco segundos do oitavao posto e do respetivo diploma. Menos contente, o experiente Bruno Pais terminou na 41.ª posição, a 4.57 minutos de Alistar Brownlee.
Gonçalo Carvalho superou as suas próprias expectativas ao passar, com o cavalo Rubi, à fase final da prova de Ensino (Grand Prix Freestyle), depois de ter sido 13.º, com 74.222 pontos entre os 32 participantes no Grand Prix Special.
“Não estava nada à espera, longe disso”, disse o português, que agora só quer usufruir do momento.
Esta foi a melhor marca pessoal ao nível de Grande Prémio Especial e também do Cavalo Lusitano, raça do Rubi, desde 1971. “Estamos à frente de grandes máquinas da ‘dressage’. O cavalo lusitano superou as expectativas ao máximo”, acrescentou Carvalho, que desde o início rejeitou a hipótese de chegar ao pódio.
Em Weymouth, pelo contrário, a expectativa esfumou-se. O 470 de Álvaro Marinho e Miguel Nunes está entre os 10 barcos que vão disputar a Medal Race na quinta-feira, mas já não podem chegar ao pódio.
Uma partida adiantada na 10.ª regata, deitou tudo a perder, pois deixou os portugueses na sétima posição, com 83 pontos, sem hipótese de anular a diferença de 26 para os argentinos Lucas Calabrese e Juan de la Fuente, que seguem no terceiro posto, com 57.
No atletismo, Arnaldo Abrantes, quinto na sua série, ficou fora das meias-finais dos 200 metros, terminando no 39.º lugar geral, com 20,88 segundos, 16 centésimos acima do seu melhor registo do ano (20,72) e a 40 do recorde pessoal (20,48), mas melhorou face a Pequim2008 (21,46).
O estreante João Almeida, que lamentou um toque na terceira barreira, seguiu o mesmo caminho nos 110 m barreiras, ao concluir no sexto lugar da sua série e em 31.º globalmente, com 13,69 segundos, 22 centésimos acima do recorde nacional que lhe valeu a presença em Londres.
FONTE: Bomdia.lu