De mal a pior. O Sporting continua mergulhado numa profunda crise, não apenas de resultados mas sobretudo de uma ideia de jogo, de um caminho onde não se vê uma luz ao fundo do túnel. Talvez por isso, encontrar caminhos para baliza da Académica foi tormentoso.
Assim, tornou-se penoso ver os jogadores do Sporting a arrastarem-se, quase cada um por si, a não poderem lutar contra os adversários, quando a equipa leonina deixa a sensação de que está a lutar mas sem acreditar nela própria.
Contaram-se pelos dedos de uma mão, e ainda sobraram, os bons momentos ofensivos do leão em 90’. Dois remates de Viola no primeiro tempo e uma grande oportunidade de Wolfswinkel na segunda parte, após grande passe de Izmailov (o russo entrou e foi o único com uma boa ideia).
Os momentos referidos foram excepção à regra da falta de qualidade no futebol dos leões, sempre atabalhoado, sem capacidade para verticalizar o jogo, com a bola a queimar nos pés de futebolistas incapazes de assumirem a responsabilidade de jogarem num clube com a grandeza do Sporting.
Contas feitas, a Académica nem teve de caprichar para anular o adversário, pois o Sporting anulou-se a ele próprio e, não fosse Rui Patrício a fazer uma soberba defesa a chapéu de Marinho, as consequências até poderiam ter sido bem piores. Nos últimos minutos, veio ainda mais ao de cima a ansiedade da equipa, à medida que se aproximava o espectro de mais um jogo sem ganhar. O Sporting está a 10 pontos dos líderes da Liga e é o segundo pior ataque do campeonato, com apenas 5 golos. Um panorama altamente desolador. Vercauteren terá uma tarefa gigante pela frente…
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