O secretário de Estado das Comunidades defendeu, em Paris, que o “lóbi é indispensável” ao ensino do português e à manutenção da cultura portuguesa no estrangeiro, e apelou aos autarcas lusodescendentes que integrem essa rede de influência.
José Cesário esteve no Congresso de Presidentes de Câmara da Grande Paris, onde a Cívica (associação de autarcas de origem portuguesa em França) marcou presença.
O secretário de Estado defendeu que “o lóbi é indispensável nas questões do ensino mas também na sobrevivência do movimento associativo e da afirmação da cultura portuguesa” no estrangeiro. José Cesário apelou para um contributo dos eleitos franceses de origem portuguesa nesta rede de influência.
“Vamos tentar mobilizá-los, procurar criar redes de eleitos que envolvam as associações. Vamos tentar levar alguns a Portugal, aqueles que têm menor relação com o país mas que possam garantir uma maior influência a nível local, e tentar que eles estabeleçam ligações com autarcas de língua portuguesa de outras regiões do mundo. Tentaremos restaurar grandes encontros de eleitos, como já houve no passado”, afirmou.
O responsável pela associação Cívica, Paulo Marques, lembrou que “os portugueses vêm de longe”, embora tenha concordado que a comunidade portuguesa ainda tem muito caminho a fazer em relação à influência na sociedade e na política francesas.
“Ainda temos metas a ultrapassar, mas quando se criou a Cívica, em 2000, muitos pensavam que éramos fantasmas. Não havia autarcas, éramos dez. Nos últimos 12 anos já se ultrapassaram algumas metas essenciais para a participação e para esse lóbi”, afirmou.
Paulo Marques afirmou que ainda não há números definitivos sobre a participação dos lusodescendentes como candidatos às eleições legislativas de 10 de junho, mas estimou que cerca de 500 mil franceses de origem portuguesa estarão em condições de votar.
FONTE: Bomdia.lu
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