“Passado presente e um presente futuro” é a base da campanha de Jacinto Pinheiro, candidato pelo CDH à Comuna de Saint-Gilles. Aos 57 anos, este emigrante português continua a partilhar dos ideais de Francisco Sá Carneiro e Olof Palme, “dois grandes europeus sociais democráticos”. Nascido na capital portuguesa, Jacinto Pereira tornou-se um militante activo do PSD no final de 1974, tendo sido membro da comissão política concelhia do PSD Nazaré muitos anos e participado nas listas eleitorais para a Junta de Freguesia de Valado dos Frades.
NCF: O que é que o levou a candidatar-se?
JP: Porque é fundamental a participação de cidadãos europeus na vida política activa.
NCF: Quais são as suas prioridades para a Comuna de Saint-Gilles?
JP: Ter e dar qualidade de vida aos seus habitantes como era há 20, 30 anos atrás.
NCF: Como é que poderá contrariar a fraca participação cívica dos portugueses nas eleições comunais?
JP: É difícil. Aqui faz-se muita política de gabinete, mas estamos a conseguir alertar as consciências para a necessidade de mudar algo. A Europa precisa de mudança e essa tem de vir de base, porque as pessoas estão cansadas.
NCF: Durante a campanha, tem notado uma maior motivação por parte da comunidade emigrante para exercer o seu direito de voto ou não?
JP: Sim, há muita expectativa de gente com ideias novas e novos projectos. E é preciso por os jovens a acreditar no futuro.
NCF: É possível resumir a sua acção política em três palavras?
JP: Mudança, valores, futuro.
NCF: Acredita que é possível mudar a situação de não haver nenhum português eleito na comuna de Saint-Gilles? Porquê?
JP: Sim, sem dúvida. Como português, gostaria, independentemente das suas convicções políticas, de ver alguém que falasse a língua de Camões.
Patrícia Posse