O debate sobre a extrema magreza das manequins nas passereles e nas campanhas publicitárias não é novo, o que é novo é o facto de, pela primeira vez, um Governo legislar de forma a culpabilizar a indústria da moda por idealizar a magreza.
Na segunda-feira foi aprovada em Israel uma lei que tem como objectivo combater os distúrbios alimentares. De acordo com a nova lei, as modelos demasiado magras devem ser banidas dos anúncios publicitários e as revistas devem divulgar quando as imagens publicadas tiverem sido alteradas de modo a tornar os modelos mais magros.
Os manequins que pretendam trabalhar no mercado israelita devem apresentar um relatório médico, com menos de três meses, que, de acordo com os padrões da Organização de Mundial de Saúde ateste que afirmando que não estão desnutridas.
Os apoiantes da lei esperam que isto encoraje o uso de modelos saudáveis e aumente a consciência de que, na maior parte das vezes, são utilizados truques digitais para transformar uma mulher magra numa mulher ainda mais magra.
Liad Gil-Har, que trabalhou nesta nova lei, explica que há que «quebrar a ilusão que a modelo que se vê [nas revistas] é real» e acrescenta que esta batalha é comparável à luta contra o tabaco.
Os críticos da nova legislação consideram que devia focar-se mais na saúde e não exclusivamente no peso, pois, garantem que vários modelos são naturalmente muito magros.
Adi Neumman – uma top model israelita, que garante que se alimenta bem e pratica exercício físico – diz que, à luz da nova lei, vai ficar impedida de trabalhar em Israel, já que não perfaz o peso exigido.
A pressão sobre a indústria da moda, intensificou-se nos últimos anos, desencadeada pela morte de modelos causada por distúrbios alimentares.
FONTE: Bomdia.lu