Problemas de alcoolismo têm levado cada vez mais jovens a procurar tratamento. A conjuntura atual pode ser responsável por este flagelo.
É cada vez maior o número de jovens que chega aos Alcoólicos Anónimos (AA) para pedir ajuda. O número de membros da (AA), com menos de 30 anos, passou de 1,8% para 5%, segundo as duas sondagens realizadas em 2008 e em 2012. Este aumento deve-se, em parte, à atual conjuntura económica que o país atravessa.
João Goulão, presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência, refere que “o aumento dos pedidos de ajuda não deve ser visto como uma subida do número de casos problemáticos”. O médico frisa que estes indicadores podem “apenas significar que as pessoas se preocupam mais e que reconhecem que necessitam de ajuda”. Acrescenta ainda que “quanto mais cedo se inicia o consumo, maior é a tendência para se agravar no futuro”.
O mesmo médico sublinha que “fatores como o meio onde as pessoas se inserem podem afetar o consumo de substâncias tóxicas”. São exemplos disso o desemprego e a situação de crise que o país atravessa.
Outro resultado importante da sondagem dos AA indica que o número de recaídas, entre pessoas que estavam em abstinência há mais de um ano e menos de quatro, subiu de 35% em 2008 para 43%, neste momento. “Cada vez mais pessoas procuram o álcool para se abstrair [dos seus problemas] e não por recriação”, explica o médico João Goulão.
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