Vinte e dois mortos e 59 sobreviventes é o “balanço provisório” de um naufrágio de piroga ocorrido esta sexta-feira Guiné-Bissau, disse à Lusa o diretor do hospital Simão Mendes, Lassana NTchassó, de Bissau.
De acordo com o direcor e médico no Simão Mendes, as pessoas resgatadas com vida estão a receber tratamento “estando quase todas fora de perigo”. Os corpos já se encontram todos na morgue do hospital, acrescentou.
Um sobrevivente, que a família pediu para não ser identificado, disse à Lusa que a piroga, com capacidade para transportar entre 100 a 120 pessoas, afundou-se porque começou a meter água e os passageiros atiraram-se ao mar.
“Saímos de Bolama por volta das 09h00 [hora local] e, duas horas depois, estávamos quase a chegar a Bissau, ao largo de ilha de Arca, a canoa começou a meter água e as pessoas viram que estava a afundar-se e atiraram-se ao mar”, contou o sobrevivente, envolto numa cobertura térmica.
Na piroga, seguiam dois médicos portugueses da AMI, que saíram ilesos do acidente por se terem atirado ao mar e, a nado, conseguiram chegar à costa de Bissau, contou o sobrevivente.
O pessoal da organização não-governamental Afectos com Letras, que esta tarde ia dar um lanche às crianças internadas no Simão Mendes, também está a prestar socorro aos náufragos.
NTchassó destacou as ajudas que o hospital tem estado a receber do pessoal médico, mesmo dos que não estavam de serviço, mas também criticou a concentração de pessoas no hospital.
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