O líder do partido conservador Nova Democracia (ND), Antonis Samaras, reivindicou domingo a vitória nas eleições legislativas na Grécia e convidou as “forças europeístas” a formar um governo de salvação nacional.
“O povo helénico votou hoje pela permanência do país na zona euro e a favor das forças políticas que vão trazer desenvolvimento e emprego”, disse na primeira reação pública aos resultados eleitorais.
“Por isso convidamos todos as forças políticas que acreditam nesse projeto a formar um governo de salvação nacional”, acrescentou.
O líder da ND, que obteve cerca de 30 por cento de votos, com cerca de 50 por cento dos votos escrutinados, comprometeu-se a aplicar “políticas europeias” para garantir o desenvolvimento do país.
“Trabalhamos para que o país saia da crise”, assegurou Samaras, que disse que o voto popular vai permitir um “governo estável com orientação pró-europeia”.
Em paralelo, o líder da Coligação da esquerda radical (Syriza), Alexis Tsipras, admitiu a vitória da ND nas legislativas e disse que já felicitou o líder conservador Antonis Samaras.
“Apesar de a Syriza não ter sido o partido mais votado, é a primeira força da oposição contra o memorando [de entendimento negociado com os credores internacionais]”, anunciou o líder da coligação de esquerda.
Tsipras assegurou que vai exercer uma oposição forte e reiterou que a única saída para a Europa consiste em terminar com as políticas de austeridade.
Os últimos dados oficiais sobre as legislativas antecipadas de hoje referem que a ND de Samaras vai garantir um resultado entre os 29,5 e os 30 por cento, obtendo 128 lugares no parlamento de 300 lugares (já incluindo o “bónus” de 50 deputados garantido pelo partido mais votado).
A Syriza confirma a segunda posição, com 27,1 por cento por cento e 72 deputados. Já o Pasok de Evangelos Venizelos obterá 12,3 por cento (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores assente numa maioria parlamentar.
Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita de assegurar um mínimo de 151 lugares no parlamento.
FONTE: Bomdia.lu