Lisboa, 14 Dez (Lusa) – O secretário de Estado das Comunidades portuguesas, António Braga, anunciou hoje que o governo vai apostar no próximo ano no ensino do português no estrangeiro através da definição de um programa de investimento. “Pretende-se incrementar as respostas aos problemas pontuais e definir todo um programa de investimento prioritário nestas áreas, decisivas para a garantia dos elos de ligação essenciais entre a comunidade portuguesa e a sua cultura originária”, escreve António Braga na mensagem de Natal dirigida aos portugueses residentes no estrangeiro.
O secretário de Estado admite que “persistem os desafios relacionados com o ensino da língua e divulgação da cultura portuguesa”.
Por isso, o governo vai reforçar a rede de professores espalhados pelo mundo, consolidar as escolas portuguesas nos países lusófonos e os leitorados nas universidades estrangeiros.
António Braga acrescenta ainda que as iniciativas inseridas na promoção dos portugueses residentes no estrangeiro, como a Gala dos Talentos, vão manter-se no próximo ano.
Na mensagem de Natal, o governante sublinha que o ano de 2007 ficou marcado pela reforma consular, que, segundo António Braga, “veio fortalecer os instrumentos de aproximação de Portugal aos demais cidadãos que vivem e trabalham no estrangeiro”.
“Ao redimensionar as estruturas consulares que, em grande medida, são as principais prestadoras dos serviços públicos nos países de acolhimento, procurou-se não só adequá-la à necessidade e ao acesso a esses mesmos serviços, como também reequipá-las e modernizá-las”, refere, sublinhando que a reforma consular vai garantir uma “superior qualidade no atendimento das pessoas”.
No âmbito da reestruturação consular, o secretário de Estado destaca igualmente o lançamento do Consulado Virtual, meio que facilita o acesso aos serviços consulares através da Internet.
Para António Braga, a reforma consular visa melhorar “substancialmente o funcionamento dos serviços” e aproximar os portugueses residentes no estrangeiro a Portugal.
O secretário de Estado diz ainda que o governo tem feito “um esforço considerável” para melhor atender às necessidades das comunidades portuguesas, como o reforço de programas de solidariedade social para os emigrantes mais carenciados e apoio às associações que trabalham na área social.
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