O Governo anunciou que o projeto do TGV (comboio de alta velocidade) será “definitivamente abandonado”, depois do chumbo do Tribunal de Contas ao contrato do troço Poceirão-Caia.
O anúncio foi feito em comunicado divulgado pelo Ministério da Economia.
A nota adianta que o Governo vai analisar “com pormenor” os termos do acórdão do Tribunal de Contas, agora conhecido, “de modo a defender o interesse público e os contribuintes portugueses”.
Entretantom, a Soares da Costa considera que tem direito a ser ressarcida da despesa de 264 milhões de euros feita no troço Poceirão-Caia, cujo contrato foi hoje chumbado pelo Tribunal de Contas, disse o presidente executivo da empresa.
“A concessionária tem direito a ser ressarcida dos custos e despesas em que incorreu” e que “à data de 31 de dezembro estavam contabilizados, de 264 milhões de euros”, afirmou à Lusa o presidente executivo da Soares da Costa, António Castro Henriques.
O gestor salienta, no entanto, que o valor final pode ser superior, uma vez que “a simples passagem do tempo faz acrescer custos, nomeadamente de natureza financeira, há variações no mercado de taxa de juro e há contingências relacionadas com a quebra dos contratos e eventuais reclamações, que poderão fazer aumentar o valor”.
António Castro Henriques afirmou que o conselho de administração do consórcio Elos, que também integra a Brisa e onde a Soares da Costa tem uma participação de 16,304 por cento, “vai apreciar os fundamentos do acórdão do Tribunal de Contas” para depois decidir as ações a tomar, não excluindo, no entanto, recorrer da decisão.
O presidente executivo da Soares da Costa afirmou que confia que a empresa será capaz de, nos mercados externos, nomeadamente em Angola e Moçambique, “substituir esta perda por novos projetos”.
FONTE: Bomdia.lu