O banco norte-americano Goldman Sachs e a petrolífera holandesa-britânica Shell foram galardoados com os ‘prémios da vergonha’ 2013 atribuídos pela Greenpeace e pela organização não-governamental suíça Declaração de Berna, segundo divulgação desta quinta-feira.
Os prémios são entregues anualmente à margem do Fórum Económico Mundial de Davos a empresas acusadas de “violação dos direitos humanos” e de “crimes ambientais particularmente graves”.
“Este ano premiamos duas empresas que representam de modo exemplar (…) aquelas cujos crimes a nível social e ecológico revelam o lado negro de uma globalização focada exclusivamente no lucro”, indicou a organização, citada pela agência noticiosa espanhola EFE.
O Goldman Sachs obteve o prémio do júri enquanto “ator central da globalização, alimentando os lucros de uma minoria rica através de enormes desigualdades e do empobrecimento de grandes segmentos da população”.
A Greenpeace e a Declaração de Berna criticaram ainda o facto dos dirigentes do Goldman Sachs ocuparem alternadamente cargos no banco e cargos públicos ou políticos “garantindo os negócios de amanhã”.
“Os produtos derivados do Goldman Sachs, que permitiram à Grécia integrar a União Monetária de modo fraudulento, hipotecaram o futuro da população grega”, considerou Andreas Missbach, especialista financeira da Declaração de Berna.
Chamando a atenção para os números do desemprego na Grécia – “400 mil desempregados antes da crise e agora 1.400.000” – a jornalista grega Evridiki Bersi salientou: “O pior é que o Goldman Sachs e os seus parceiros não vão parar na Grécia, Portugal e Espanha, estão à procura de novas vítimas e serão os cidadãos de outros países europeus.”
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