As urgências de vários hospitais do país e do INEM registam níveis de adesão total à greve desta sexta-feira da função pública, de acordo com dados avançados pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública.
“A greve na Função Pública iniciou-se às zero horas e os primeiros dados fazem crer que irá registar uma elevada adesão”, refere a Federação em comunicado divulgado esta sexta-feira.
Os primeiros dados da greve, apontam para uma adesão de 100 por cento dos trabalhadores dos hospitais S. Francisco Xavier, S. José, Amadora-Sintra e D. Estefânea, em Lisboa e do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
Segundo a Federação dos Sindicatos, a adesão à greve também é total nas urgências dos hospitais da Covilhã e da Universidade de Coimbra, enquanto que nos hospitais de Santa Maria e de Coimbra, a adesão situa-se nos 85 por cento, no de Aveiro é de 80 por cento e no de Tondela ronda os 60 por cento.
“Os dados disponíveis neste momento referem-se aos serviços de urgência dos hospitais e a regra é que estão somente a ser assegurados os serviços mínimos”, refere o mesmo comunicado.
A Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, que convocou a greve, adianta esperar “uma forte perturbação no funcionamento de todos os serviços públicos, com especial destaque para os setores da Saúde, Educação, Segurança Social, Finanças e Justiça”.
A Federação convocou a greve para protestar contra o congelamento e os cortes salariais, o aumento de impostos, a precariedade, os despedimentos, as privatizações e as medidas que viessem a ser impostas na sequência da negociação da ajuda externa a Portugal.
A paralisação não conta com a participação dos professores, nem dos enfermeiros, nem dos trabalhadores das autarquias, com exceção dos do município de Lisboa.
Bomdia.lu