Foi uma promessa simbólica da campanha eleitoral e será a primeira medida do novo Governo socialista que será formado na próxima semana. “Penso que a primeira decisão do Governo será o bloqueio do preço dos combustíveis por um período de três meses, é uma medida importante sobretudo para as zonas não urbanas onde as pessoas não têm transportes alternativos ao automóvel”, disse ontem Ségolène Royal, ex-candidata às presidenciais de 2007 e ex-companheira do novo Presidente francês.
Ségolène Royal deverá ser a futura Presidente da Assembleia Nacional (AN) francesa depois das eleições legislativas de 10 e 17 de junho se a esquerda as vencer, como prevê uma sondagem divulgada ontem.
Os preços médios dos combustíveis são atualmente, em França, de E1,426 (gasóleo), E1,611 (gasolina super sem chumbo 95) e E1,666 (super sem chumbo 98).
François Hollande geriu, durante a semana, sobretudo os dossiês internacionais mais quentes e anunciou que se deslocará a Berlim, para uma reunião com Ângela Merkel, no próximo dia 16, dia seguinte à passagem de poder no Eliseu.
Na terça-feira, dia 15, Hollande anunciará o nome do chefe do seu primeiro Governo. Três nomes são dados como favoritos – Martine Aubry, Jean-Marc Ayrault e Manuel Vals.
A nomeação de Martine Aubry, filha do ex-Presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, e “mãe” das 35 horas de trabalho semanais, é reclamada pela ala esquerda do PS francês. Jean-Marc Ayrault, chefe do grupo parlamentar socialista na AN é, pelo seu lado, um social-democrata, amigo pessoal e confidente de Hollande. Quanto a Manuel Vals, de origem espanhola (Catalunha), é um outsider conotado com a ala mais à direita do PS.
Além destes três nomes com lugar certo no Governo, são muito falados, para ocuparem pastas-chave como os Negócios Estrangeiros, Economia e Finanças, Laurent Fabius, Pierre Moscovici e Michel Sapin, todos socialistas históricos com larga experiência governamental.
Uma série de caras novas reveladas durante a campanha eleitoral, como as porta-vozes Najat Belkacem e Aurélie Filippeti, parece igualmente com lugar garantido no novo executivo. Hollande prometeu, durante a campanha, “uma perfeita paridade” de homens e mulheres.
FONTE: Bomdia.lu