Para Manuela Ferreira Leite, “os valores não se compram nem pagam imposto”.
A economista Manuela Ferreira Leite disse esta quarta-feira discordar de políticas fiscais de apoio à família, considerando que este tipo de instrumentos “nem sempre cumprem os objetivos que desejam”.
“Tenho enormes dificuldades em entender que haja políticas fiscais que sejam capazes de interferir na questão da família. Sempre defendi que as questões fiscais só ajudam e só fomentam determinado tipo de objetivos para aqueles que pagam impostos”, disse a economista.
Ferreira Leite falava durante a abertura de mais uma sessão das jornadas ‘Pensar a Família’ promovidas pelo PSD.
“Quem não paga impostos não é afetado por qualquer política fiscal e portanto são instrumentos menores e de efeitos nem sempre conseguidos para os objetivos que se desejam”, disse.
Para Manuela Ferreira Leite, a política de família tem sido estudada “infelizmente” numa ótica muito de natureza económica, mas embora reconheça ser “essencial” para o crescimento económico, “tem que ser vista de forma integrada e não parcial”, em particular em matéria de natalidade.
A economista disse ainda “confessar” ter “alguma dificuldade de defender políticas de família que intervenham diretamente”, porque na sua opinião “os valores não se compram nem pagam imposto”.
“O que se exige é que o Estado esteja atento para evitar o desmembramento da família”, disse ainda a economista, criticando a legislação produzida pelo anterior executivo em matéria de divórcio.
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