Têm uma página de Facebook que já ultrapassou os 300 mil fãs, têm sido o alvo das atenções dos jornalistas reunidos em Dusseldorf, que cobrem o festival da Eurovisão, e tiveram já direito a um artigo no diário britânico Guardian.
Os Homens da Luta com look de anos 1970 e música popular, podem não conseguir ganhar no meio do que descrevem ser o “beat carrinhos de choque\” que impera. Mas onde entram, de megafone em riste, anda tudo à volta deles: “Parecemos a Ladi Di da Eurovisão!”
Neto e Falâncio chegaram a Dusseldorf no dia 2. E os dias dos jornalistas que cobrem os preparativos do evento, com data marcada para dia 15, nunca mais foram os mesmos. O vídeo de uma das conferências de imprensa que já deram, onde não faltou Grândola Vila Morena ou E depois do Adeus, cantados enquanto um jornalista alemão, incrédulo, tentava fazer o seu trabalho sentado no meio dos dois personagens, descreve como tem sido a participação portuguesa na Alemanha.
“Todos querem saber porque vestimos estas roupas e fazem perguntas sobre a política em Portugal. Mas há sempre boa energia”, conta Nuno Duarte, o Neto da dupla.
“O resto dos países são todos muito sérios. Há muita tensão. Para nós é fixe. Estamos a aproveitar ao máximo”. E conta como nas festas organizadas pelas delegações os “Struggle man” roubam a atenção dos presentes: “Chegamos e roubamos a festa aos gajos. Somos a Ladi Di da Eurovisão”.
O diário britânico Guardian, num artigo assinado pela jornalista portuguesa Susana Moreira Marques, conta como o descontentamento latente em Portugal contra a política de um governo demissionário chegou ao mais inesperado e maior dos palcos europeus: o festival da Eurovisão.
E sobre o que esperam do dia 15 não arriscam vaticinar: “Há aqui muita política. Mas temos a única música popular. O resto é mais ‘beat’ carrinhos de choque. E quase todos cantam em inglês. Nós cantamos em português.”
Bomdia.lu