O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou esta quinta-feira que o crescimento do desemprego aumentou as desigualdades em 2 pontos percentuais no conjunto dos países da zona euro, com o impacto em Portugal, Grécia e na Irlanda a ser cinco vezes superior.
O relatório do FMI sobre as perspetivas económicas na Europa indica que “o crescimento do desemprego durante a crise aumentou as desigualdades”.
As estimativas indicam que o impacto nas desigualdades se traduziu numa subida de dois pontos percentuais nos 17 países da zona euro e de 10 pontos percentuais na Grécia, Irlanda e em Portugal, Estados onde “a situação do mercado do trabalho se deteriorou mais fortemente”.
O FMI avança igualmente que a recessão desencorajou os trabalhadores a procurarem novos empregos, o que contribuiu para o aumento dos desempregados.
No relatório pode ler-se que a degradação do mercado de trabalho e a crise fizeram com que aumentasse, nomeadamente, o desemprego dos jovens, das pessoas com baixas qualificações e dos trabalhadores temporários.
Face a esta realidade e às perspetivas de aumento do desemprego – prevê-se que o desemprego em Portugal possa atingir os 13 por cento em 2013 -, o FMI aconselha, além da austeridade, que os países periféricos que receberam ajuda realizem reformas estruturais nas suas economias e nos seus mercados de trabalho.
Bomdia.lu