A portugalidade e o conforto foram as preocupações principais na elaboração dos trajes olímpicos da Missão de Portugal aos Jogos de Londres2012, com os quais alguns atletas desfilaram segunda-feira na “passerelle” instalada na Câmara Municipal de Lisboa.
Os traços portugueses, desde as cores aos materiais, são transversais a todo o vestuário concebido pelas empresas portuguesas Modalfa, encarregada do traje mais formal, e Sport Zone, responsável pelas roupas mais desportivas.
À espera da estreia na maratona olímpica e mais à vontade na estrada do que no papel de modelo, Jessica Augusto destacou o lenço minhoto que serve de ornamento ao traje que será utilizado na cerimónia de abertura, a 27 de julho.
“Eu sou do Minho e o lenço simboliza Viana dos Castelo”, disse Jessica Augusto, depois de ter ultrapassado o “medo de cair e não acertar o passo” na apresentação que juntou oito atletas olímpicos, acompanhados por alguns modelos.
Joana Ramos também temeu o desfile, mas depois viu que “era mais fácil do que um combate de judo” e manifestou-se motivada ao conhecer os trajes que vão acompanhar os atletas em Londres até 12 de agosto.
“Depois de ver todos os motivos que nos ligam ao nosso país, é com muito orgulho que vou usar o equipamento, representar as cores de Portugal. A mala de cortiça, o lenço do Minho são coisas que nos lembram de casa, do país”, afirmou a judoca.
A ginasta Ana Rente, que competirá em trampolim, defende que “o conforto é um ponto fulcral” do equipamento, “principalmente o calçado”, nomeadamente na prolongada cerimónia de abertura, quando há competição posterior.
O objetivo foi “encontrar equipamentos com os quais os atletas se sentissem confortáveis e se identificassem como portugueses”, explicou o chefe de Missão, Mário Santos, segundo qual esse trabalho foi feito em parceria com as marcas, que receberam “ajuda na componente desportiva, para saberem quando é que o atleta vai utilizar um equipamento e para que efeito, de forma a podere adaptar matérias e design”.
“Depois, os designers conceberem os equipamentos com cores alusivas ao nosso país e com referências a alguns produtos tipicamente portugueses”, acrescentou.
“São as roupas oficiais da seleção, do país, e é com enorme orgulho que todos vestimos estas cores. Diverti-me imenso, era o que estava à espera, tivemos momento bom lá dentro”, disse o triatleta João Silva, que também partilhou a “passerelle” com os velejadores Álvaro Marinho (470), Rita Gonçalves e Mariana Lobato (Match Racing), com a marchadora Susana Feitor e com Telma Monteiro, do badminton.
FONTE: Bomdia.lu