As farmácias da Madeira estão a registar uma “procura anormal” de repelentes desde quarta-feira, quando foram confirmados pelas autoridades de saúde da região dois casos de febre de dengue e 22 outras situações suspeitas.
Um dos delegados da Associação Nacional de Farmácias (ANF) na Madeira, Francisco Araújo, disse à agência Lusa que “quando surgiram as primeiras notícias notou-se uma procura maior e anormal deste tipo de fármaco”, referindo que nalgumas farmácias já não existe o repelente aconselhado para esta situação.
Na quarta-feira, o Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira revelou a existência de dois casos confirmados – um homem e uma mulher, residentes no Funchal e Santa Cruz – de febre de dengue e 22 outras situações suspeitas, que ainda estão em análise no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, sendo todos relativos a pessoas residentes na Madeira que não saíram da região.
Uma das medidas de protecção individual aconselhada pelos serviços de saúde da região é a aplicação de repelente que contenha a substância conhecida como DEET numa percentagem variável entre 20 e 30%.
“Há outros repelentes, mas não são tão indicados para este caso”, explicou Francisco Araújo, adiantando: “Da informação que tenho é que há farmácias que já esgotaram este tipo de repelentes e o fornecedor está a tentar repor, situação que pode demorar alguns dias”.
Segundo o delegado da ANF, desde que foi conhecida a existência na Madeira do “Aedes aegypti”, o mosquito transmissor do vírus da febre de dengue, os repelentes com DEET “passaram a ter uma maior procura”.
“Nessa ocasião, as farmácias receberam a indicação das autoridades de saúde da região acerca dos produtos mais adequados para esta situação e são os que têm essa substância”, declarou Francisco Araújo, responsável pela farmácia Arco, no concelho da Calheta, que hoje já não dispõe desse produto.
“A pedido de colegas de outras farmácias reservámos, pelo que já não temos mais para venda”, declarou, adiantando: “Neste caso, dada a ruptura, vendemos outros e aconselhamos as pessoas a tomar outras medidas preventivas”.
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