O presidente da Associação Portuguesas de Escolas de Condução (APEC), Alcino Cruz, afirmou nesta segunda-feira que o setor atravessa uma situação de “crise” resultante não apenas da conjuntura económica, mas sobretudo da “banalização” dos preços e de “má gestão”.
“Houve um grupo de escolas que tentou banalizar os preços que se estavam a praticar pelas cartas de condução, com publicidade a preços de 119 euros e de 250 euros. Começaram todos a fazer os mesmos preços e, depois, chegaram a esta situação de crise maior ainda”, sustentou o dirigente associativo, em declarações à agência Lusa.
Garantindo que “250 euros não pagam, sequer, a parte burocrática”, Alcino Cruz refere que “preços abaixo dos 600 euros pela carta de condução dão prejuízo” às escolas.
Este facto, aliado à atual conjuntura económica – que tem provocado uma diminuição no número de alunos e levado “20 a 30 por cento” dos candidatos inscritos a desistir por incapacidade económica – é apontado pela APEC como estando na base da “situação financeira caótica” em que estão diversas escolas de condução em Portugal.
Adicionalmente, Alcino Cruz aponta erros de gestão em grande parte das escolas, que diz não terem sabido enfrentar a crise efetuando a necessária reestruturação de custos.
Uma reestruturação que, sustenta, passa pela opção por veículos de instrução mais económicos – em torno dos 9 mil euros, contra os automóveis de 15, 20 ou 25 mil euros adquiridos por “grande parte” das escolas – e por uma “gestão equilibrada” que permita enfrentar os tempos de menor procura.
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