As suas obras são satíricas, mas impregnadas de lições de moral já que propunham, principalmente, restabelecer a religião e o cumprimento das suas normas. Para estabelecer uma comunicação directa com o público, Gil Vicente criava personagens do povo, que falavam a língua do povo. Igual a outros escritores ibéricos da época, escreveu em português e em castelhano. Nos dois idiomas sentia-se à vontade e criava com o mesmo brilho.
Além de peças teatrais, inclusive as de exaltação patriótica, Gil Vicente também destacou-se na poesia e nos seus versos líricos, de raízes medievais, que revelam o início do Renascimento em Portugal. Escreveu 44 obras, entre as quais se destacam a Auto da barca do inferno (1516), a Auto da barca do purgatório (1518) e a Auto da barca da glória (1519).
Adaptado do site www.falalingua.hpg.ig.com.br