Diplomata concursado, morou em Cuba, Inglaterra e França, onde morreu, em Paris. Considerado um dos melhores ficcionistas da língua portuguesa, Eça de Queirós, desde o seu primeiro livro, impressionou pelo domínio estético do idioma e pelo vocabulário rico e bem humorado. Ao mesmo tempo o realista feroz, Eça de Queirós satirizou o clero e a burguesia. Perfeccionista, capaz de perseguir a palavra exacta à exaustão, Eça ridicularizou-se a si mesmo em O mandarim, escrito em 1880, texto em que critica a escravidão ao dinheiro ou a qualquer tipo de bem, inclusive os livros. Também como consequência da sua permanente busca da perfeição, deixou inacabados ou inéditos vários trabalhos, entre eles, a primeira versão de Os Maias, versão que foi publicada muito após sua morte com o título de A tragédia da rua das flores (1980).
Criador das personagens que se tornaram referências da literatura – entre eles, o Conselheiro Acácio e Jacinto de Tormes -, Eça de Queirós marcou o seu tempo e a literatura em língua portuguesa como um de seus mais perfeitos e profícuos escritores.
Na sua vasta obra, iniciada com o realismo e o naturalismo, se destacam O Crime do Padre Amaro (1875), O Primo Basílio (1878), Os Maias (1888), A ilustre casa do Ramires (1900) e A Cidade e as Serras (1901).
Adaptado do site www.falalingua.hpg.ig.com.br