O presidente não executivo do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, afirmou, em Paris, que o futuro de Portugal “dependerá da qualidade da emigração” e da capacidade do país de “reconquistar” e “valorizar os emigrantes”.
“Portugal deve reforçar as relações com as comunidades emigrantes na Europa e no mundo”, defendeu Belmiro de Azevedo, que falava, hoje à noite, para algumas dezenas de pessoas, no final de um jantar organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.
Sem essa “comunhão” e sem esse “reforço de identidade”, argumentou, Portugal acabará por “enfraquecer o sentimento e o orgulho de ser português e, uma vez anulada a ligação afetiva [entre os emigrantes e a sua terra], o país perderá um extraordinário potencial humano de que pode dispôr”.
“O nosso futuro como país dependerá da qualidade da nossa emigração, [da] capacidade de reconquistar os nossos emigrantes, de valorizá-los. Porque eles são, muito frequentemente, os melhores, os mais experimentados, e [têm] uma visão global do mundo, que os distingue dos que não conheceram senão o lugar onde vivem”, acrescentou.
Belmiro de Azevedo considerou ainda que o país precisa de ter “ambição para inovar, disposição para assumir riscos e vontade de ser excelente em todas as [suas] atividades”.
Sem “empresas rentáveis”, argumentou, “não há crescimento económico”.
“A nossa única hipótese de sobreviver depende da capacidade das nossas empresas de se internacionalizarem e de ganharem competitividade à escala nacional. Acredito na força da identidade portuguesa. Seremos capazes, todos juntos, de voltar a dobrar o Cabo Bojador”, concluiu.
FONTE: Bomdia.lu