O caso é inédito. Um bebé norte-americano, de dois anos e meio, infetado com VIH/sida à nascença, encontra-se livre da ameaça do vírus de imunodeficiência humana há pelo menos 10 meses. A mãe, seropositiva, não foi acompanhada durante a gravidez e não sabia que era portadora da doença. O anúncio foi feito por médicos do Hospital Johns Hopkins e tem gerado inúmeras reações. Em Portugal, a cura funcional do bebé fez disparar o número de chamadas para a linha SOS Sida (800 201 040).
O bebé, natural do Mississippi, começou a ser tratado com an-tirretrovirais 30 horas após o seu nascimento. A terapêutica, mais agressiva e precoce, poderá explicar a cura funcional da criança. Deborah Persaud, líder da investigação, assegura que a criança esteve quase um ano sem medicação, período durante o qual não apresentou sinais do vírus ativo. Segundo a especialista, a carga viral no sangue do bebé começou a baixar assim que começou o tratamento. O bebé (cujo nome e género não foram divulgados) foi tratado com antirretrovirais até ter um ano e meio, idade a partir da qual deixou de ser seguido pelos médicos e de receber terapêutica. Posteriormente, testes sanguíneos não detetaram a presença do VIH no sangue. De acordo com os virologistas, a supressão da carga viral do VIH, sem tratamento, é extremamente rara, sendo observada em menos de 0,5% dos casos de adultos infetados, cujo sistema imunitário impede a replicação do vírus e o torna clinicamente indetetável.
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