O subdirector geral da Saúde garantiu, esta segunda-feira, que nunca foram detectados mosquitos com vírus de malária ou dengue desenvolvidos em Portugal mas admitiu que o aquecimento geral do clima levou à criação de uma rede de vigilância permanente.
“Temos alguns casos [de transmissão de malária ou dengue] que são importados de doentes que apanharam a doença fora do país, mas dentro do nosso país não temos conhecimento de nenhuma situação que seja exclusivamente nossa”, afirmou à Lusa José Robalo.
O subdirector da Direcção Geral de Saúde (DGS) reagia às declarações do presidente do Instituto Português do Sangue que afirmou no domingo que doenças como a malária ou o dengue podem mesmo chegar a Portugal.
“Não temos essa certeza”, replicou José Robalo, sublinhando que existe “uma rede nacional de vigilância de vectores (mosquitos)” que apanha e identifica os mosquitos que andam a circular no país e, até hoje, “não temos nenhuma situação que seja autóctone”.
Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue, Álvaro Beleza, “Portugal está a ter um clima cada vez mais tropical e isto é óptimo para os mosquitos. Calor e humidade”.
Alerta com que José Robalo concorda, lembrando que a criação, há três anos, da rede de vigilância nacional em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde, de deveu precisamente ao facto de o clima em Portugal estar a tornar-se mais quente.
Bomdia.lu