12.8 C
Bruxelas
4 Outubro 2023

Associação quer pôr os portugueses a comer castanha

Clique para ampliar A Associação Portuguesa da Castanha, hoje formalizada em Vila Real, quer pôr o país a comer castanha e aumentar a área de produção em pelo menos mais 12 mil hectares.

A escritura pública decorreu numa cerimónia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde vai ficar sediada a associação.

Esta organização nasce no seio da rede nacional da fileira da castanha – RefCast –, que há três anos defende um aumento da área de produção e quer incentivar o consumo no país.

José Gomes Laranjo, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), vai liderar a comissão instaladora da associação até à realização de eleições, ato que deverá decorrer nos próximos dois meses.

O responsável salientou os grandes desafios que a fileira da castanha tem pela frente: aumentar a produção nacional e ensinar os portugueses a comer este produto

José Gomes Laranjo referiu que é o mercado internacional, que absorve grande parte da produção nacional, que está na base desta necessidade de crescimento.

Por isso mesmo, frisou que o objetivo é aumentar a área de souto em mais 12 mil hectares e reforçar a capacidade produtiva em mais seis mil hectares.

Depois, salientou, é ainda preciso pôr os portugueses a comer este fruto para além da época de produção e da tradicional castanha assada.

“Entendemos que a castanha tem um enorme potencial alimentar”, frisou.

Estes projetos estão inseridos numa candidatura apresentada em 2011 à rede rural e que ainda aguarda por aprovação.

Depois, através da RefCast, pretende-se ainda ajudar a “combater as doenças que afetam os castanheiros, como o cancro e a tinta.

“Uma boa parte dos nossos soutos sofre de problemas graves de doenças e de fertilidade, que lhes tiram capacidade produtiva”, referiu.

Este fruto é considerado por muitos como o petróleo ou o ouro da montanha.

Em Portugal, existem cerca de 35 mil hectares de soutos e, segundo José Gomes Laranjo, estima-se que poderão estar envolvidas na produção cerca de 17 mil a 20 mil famílias.

A produção nacional rondará entre as 45 a 50 mil toneladas, que renderão aos produtores cerca de 50 milhões de euros.

Num ano de produção média, Portugal pode exportar uma média de 12 mil toneladas.

LUSA

Artigos relacionados

Últimos artigos