A noite do próximo sábado, 22, vai ficar marcada na história da Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault-Combault (APCS), pois será a segunda vez que se desloca a Bruxelas, a convite da Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica (APEB).
“Estes intercâmbios são muito importantes, porque permitem manter e enriquecer mutuamente os trabalhos no interior das associações, tanto ao nível cultural como social. A manutenção e o desenvolvimento destes intercâmbios são um sinal real da saúde das criações da nossa associação”, refere Joaquim Antunes, da APCS.
O presidente da APEB, António Tomé, destaca a abertura “ao multiculturalismo e ao intercâmbio entre associações, sejam elas portuguesas ou não”.
“Resistência” é o nome do espectáculo que a associação luso-francesa levará à cena, pelas 20h, no rés-do-chão do nº 120 da rua de Belgrade, em Saint-Gilles. Depois, seguir-se-á a actuação do grupo coral da APCS, no 1º andar. A plateia será presenteada com interpretações das canções tradicionais portuguesas. A entrada é gratuita.
“Os dois espectáculos são, também, uma excelente forma de comunicar e apresentar o nosso trabalho para um público diferente, que ultrapassa os limites da nossa região”, salienta Joaquim Antunes.
A peça teatral concilia o texto dramático com o lirismo das canções e da poesia comprometida do Salazarismo, período que se viveu em Portugal antes do 25 de Abril de 1974.
Sob o jugo dos poderes religioso e político, toda uma nação sofre e cala-se por medo e ignorância. Contudo, algumas vozes mais corajosas fazem-se ouvir e revelam a sua indignação e revolta. “Resistência” foi escrita por Joaquim Pires, coordenador de “Trocas e Baldrocas”, a companhia da APCS.
“Esperamos que as pessoas assistam a uma peça de teatro diferente das que estão habituadas a ver”, frisa o presidente da APEB.
Patrícia Posse